Quem tem freqüentado as salas de cinema ultimamente, sabe que boa parte dos maiores sucessos recentes - os chamados "blockbusters" - são enredos adaptados das histórias em quadrinhos. Já não se trata mais, portanto, de uma forma de comunicação e arte subestimada, relegada a um público classificado preconceituosamente como limitado, em termos intelectuais.
É através deste tipo de entretenimento que muita gente toma gosto pela leitura e, não obstante, os quadrinhos incorporam-se nas referências estéticas que influenciam uma extensa gama de profissionais de outras áreas. São publicitários, escritores, cineastas (e porque não arquitetos?) que certamente passaram horas lendo e desenhando esta espécie de "arte seqüencial", antes mesmo de optarem por seguir em suas carreiras.
A historinha reproduzida aqui, em página única, foi criada intencionalmente em preto e branco, como forma de homenagear ao cartunista Will Eisner - um dos gênios das pranchetas que colaboraram para o desenvolvimento dos "gibis" como arte popular. Ela foi enviada ao Salão de Humor de Piracicaba de 1993. Esta mostra é a mais tradicional do ramo, em terras brasileiras.
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