Não é uma regra, mas geralmente a carreira de um arquiteto começa com ele fazendo seus primeiros trabalhos para amigos e familiares. Mas neste caso, levou aproximadamente cinco anos para se fazer o projeto desta residência. Ela foi construída pela tia Eunice.
Qualquer possível liberdade para “soluções criativas, viagens conceituais, pretensões artísticas” ou coisas do tipo, foi deixada de lado em razão da profunda noção de responsabilidade e respeito sobre os valores a serem investidos. Afinal de contas, seriam colocadas na obra, as economias de anos de trabalho.
Mais do que nunca, fatores como ventilação e iluminação natural foram requeridos para a locação correta da obra em relação aos pontos cardeais. Construções vizinhas também foram levadas em conta. O objetivo principal era tornar os ambientes aconchegantes e dotados de alegria.
Medidas adicionais como circulação interna favorecida, sem degraus, e utilização de batentes mais largos para as portas (inclusive nos sanitários, um deles com ergonomia especialmente dimensionada), foram adotadas para facilitar o cotidiano de pessoas com necessidades especiais - nesse caso, da Vovó Ana, que utiliza cadeiras de rodas.Internamente, cada cômodo foi muito bem decorado, sendo mobiliado com maestria pelas tias Eunice e Heny - filhas do saudoso avô Aníbal Tosetto . Na copa, é possível saborear um café, com um doce caseiro de figo em calda (receita tradicional da região), apreciando um móvel de madeira feito à mão pelo avô a mais de setenta anos!
Em razão da distância entre Caçapava e Paulínia - cerca de 200 quilômetros, a execução da obra teve como responsável técnico o Engenheiro Civil Eduardo Lacava.
Vovó, nós te amamos!
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