São Sebastião do Paraíso - 2010/2011

 
Festa da Congada e Moçambique realizada em dezembro de 2010. 

Todos os anos, há mais de um século e meio, a cidade de São Sebastião do Paraíso, no sudoeste de Minas Gerais, promove a festa folclórica da Congada e Moçambique, que são danças organizadas em ternos, com origem no tempo da escravatura, de notável sincretismo religioso. A Praça da Matriz é tomada por uma mistura de cores entrelaçadas de fitas penduradas em chapéus, além da profusão de sons de instrumentos musicais como sanfonas, pandeiros, chocalhos e tambores. Os versos são cantados na base do improviso, diante da população e de uma comissão de jurados.

Corredor do Hotel Cosini.
São cinco dias de apresentações, sempre entre 26 e 30 de dezembro. Cerca de 16 ternos - uma espécie de bloco de carnaval - desfilam pela rua principal numa contagiante evolução rítmica e chorosa. O cheiro da pipoca com bacon atiça o paladar sempre que o ambulante passa. Aliás esse é o "problema" das Minas Gerais: seus sabores e temperos são um convite para perder a forma física. O feijão com arroz é mais gostoso nas alterosas, o queijo é genuíno e o sorvete da lojinha parece caseiro, pois sente-se o leite de vaca usado na receita. Tudo muito simples. Tudo muito autêntico.

Nem só de Congada vive a cidade de São Sebastião do Paraíso: a melhor manteiga do Brasil, ainda vendida em latinhas, é feita lá por uma empresa denominada Aviação. A poucos quilômetros do centro existe uma simpática estância balneária conhecida como Termópolis, que fica no bairro rural das Águas Quentes - uma ótima dica para passar o primeiro dia do ano, esvaziando a mente e recuperando o entusiasmo para seguir em frente. Uma boa pedida para hospedagem é o Hotel Cosini, de arquitetura confortável e aconchegante - peça um quarto de esquina, na fachada.

Termópolis: ar puro em paisagem verdejante. Foto de Renata Tosetto.

Um comentário:

  1. Cumprimento o arquiteto pelas imagens captadas do folclore religioso. A Festa da Congada e Moçambique de São Sebastião do Paraíso consegue demonstrar para o publico em geral o respeito ao Folclore, e conserva a riqueza da cultura mineira.
    Parabéns Jean, pelo artigo e imagens.

    ResponderExcluir